As condições da indústria da construção abrandaram o ritmo de queda, de acordo com sondagem do setor divulgada ontem, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em uma escala em que valores abaixo de 50 pontos significam retração, o nível de atividade da construção no País passou de 35,9 pontos, em setembro, para 36,7 pontos em outubro, seguindo no campo negativo, mas registrando leve melhora. O movimento foi similar no indicador de emprego, que passou de 35,2 para 35,6 pontos no período.
Em outubro, o índice de nível de atividade efetivo em relação ao usual registrou 27,1 pontos, sinalizando que atividade no segmento se manteve abaixo do usual para o mês, destaca a CNI.
A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) da indústria da construção ficou em 57%, ante 59% em setembro e 67% em outubro de 2014. O nível registrado no mês passado é o menor nível da série histórica, iniciada em janeiro de 2012.
No campo das expectativas, todos os cinco componentes pesquisados ficaram abaixo dos 50 pontos, mostrando pessimismo dos empresários do setor em relação aos próximos seis meses. De acordo com a CNI, o índice de intenção de investimentos recuou de 25,2 para 24,5 pontos, o nível mais baixo desde novembro de 2013, início da série histórica do indicador. Os motivos apontados pelos empresários são a fraca atividade no setor e o baixo nível da utilização da capacidade de operação.
Dos outros quatro componentes de expectativas pesquisados pela CNI, o índice de expectativas em relação ao nível de atividade registrou 38,5 pontos, o de novos empreendimentos e serviços assinalou 38,2 pontos, o de compra de insumos e matérias-primas ficou em 37,9 pontos e o de número de empregados, em 37,3 pontos.
O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) ficou em 0,40% em novembro, mostrando aceleração ante a alta de 0,27% registrada em outubro, divulgou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). O INCC-M acumula altas de 7,09% no ano e de 7,36% nos 12 meses até novembro.
O grupo Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação positiva de 0,86% em novembro, após o avanço de 0,57% apurado na leitura do mês anterior. Já o índice relativo a Mão de Obra permaneceu estável (0%) em novembro, pelo terceiro mês consecutivo.
Cinco das sete capitais analisadas registraram aceleração em suas taxas de variação em novembro ante outubro: Salvador (de 0,18% para 0,26%), Belo Horizonte (de 0,14% para 0,38%), Rio de Janeiro (de 0,28% para 0,48%), Porto Alegre (de 0,30% para 0,43%) e São Paulo (de 0,23% para 0,55%).
Por outro lado, houve desaceleração em Brasília (de 0,69% para 0,08%) e Recife (de 0,07% para 0,00%).
Fonte: Folha de Londrina, 26 de novembro de 2015