Apesar de a inflação de Curitiba ter desacelerado na passagem de abril para maio – quando foi de 1,46% para 0,76% –, a capital acumula a maior variação entre todos os 13 locais pesquisados nos últimos 12 meses, com alta de 9,61% no IPCA. O índice está acima da inflação oficial do País e bem acima do teto da meta do governo, de 6,5%. No acumulado ano, o IPCA da capital acumula 6,40%, a maior taxa entre todas as regiões e acima da média nacional.
Os economistas Lucas Dezordi e Carlos Magno Bittencourt explicam que a inflação de Curitiba é a maior no acumulado dos 12 meses e no ano em função do aumento do ICMS promovido pelo governo do Paraná e do elevado reajuste da energia no Estado. A previsão de Bittencourt é que Curitiba continue ocupando a liderança da inflação entre as capitais pesquisadas pelo IBGE.
Dos nove grupos pesquisados, oito registraram alta em maio frente a abril, com destaque para os grupos de Saúde e Cuidados Pessoais (1,97%), Vestuário (1,38%) e Despesas Pessoais (1,11%) e Artigos para Residência (0,84%), que subiram acima da inflação média do mês. Alimentação e Bebidas (0,74%), Habitação (0,44%), Transportes (0,19%) e Comunicação (0,20%) apresentaram variação em ritmo menor. Educação foi o único grupo que teve deflação (-0,07).
Em 12 meses, o grupo Habitação acumula alta de 21,57% e é o grande vilão da inflação na capital, puxado pelo aumento acumulado de 85,51% na tarifa de energia residencial e pelo reajuste de 18,75% do gás de cozinha. Também contribuem para a inflação elevada em Curitiba os grupos de Saúde e Cuidados Pessoais (10,53%), Alimentação e Bebidas (9,61%). (A.B.)
Fonte: Folha de Londrina, 11 de junho de 2015
Fonte: fetraconspar.org.br