Estimativa de inflação para este ano ainda supera teto da meta definido pelo governo, que é de até 4,75%. Números foram divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central.

Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

 

Os analistas do mercado financeiro mantiveram a estimativa de inflação deste ano em 4,84% e reduziram a projeção para o próximo ano de 3,88% para 3,86%.

As informações constam no relatório "Focus", divulgado nesta terça-feira (14) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia.

Com isso, a estimativa dos analistas para a inflação de 2023 ainda segue superando o teto da meta definida pelo governo, que é de 4,75% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

 

Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem e no objetivo, em 12 meses, para o início de 2025.

 

Se a projeção do mercado financeiro se confirmar, este será o terceiro ano seguido de estouro da meta de inflação, ou seja, no qual o IPCA fica acima do teto fixado pelo governo.

Em 2022, a inflação somou 5,79%.

Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso, porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.

Crescimento da economia

Para o crescimento do PIB deste ano, a projeção do mercado financeiro subiu de 2,26% para 2,29% na última semana.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.

Já para 2024, a previsão de crescimento do mercado financeiro continuou em 1,30%.

Taxa de juros

Os economistas do mercado financeiro mantiveram as estimativas para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano e de 2024.

Outras estimativas

Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC:

 

G1

https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/08/14/mercado-financeiro-reduz-estimativa-de-inflacao-para-386percent-em-2024.ghtml