Pesquisa feita pela Prospecta mostra a cidade em 2º lugar no Sul e, em 18º, no País
Maringá (23º), Cascavel (53º), São José dos Pinhais (63º), Ponta Grossa (68º), e Foz do Iguaçu (94º) são outras cidades do Paraná que figuram no Top 100 nacional. O estudo analisa 20 indicadores, desde a densidade populacional do município, a escolaridade da população e a renda, todos retirados de fontes oficiais. E, a partir deles, calcula o índice P2i – Lead. O município mais bem posicionado, São Bernardo do Campo (SP), recebeu nota 0,8200. E Londrina, 0,6560. A pesquisa analisa os potenciais dos municípios para imóveis de padrões baixo, médio e alto. E Londrina obteve o conceito mais alto (ótimo) em todos eles.
O gerente regional da Plaenge, Olavo Batista, gostou do resultado do estudo. "Não foi exatamente uma grande surpresa, porque a gente percebe que o londrinense tem bons níveis de instrução e renda e também uma cultura da compra de imóveis. A pesquisa é muito importante para nós porque foi feita na perspectiva da demanda. E mostrou que o nosso mercado tem muito a crescer", afirma.
Ele diz que, de 2008 a 2012, o setor cresceu "vertiginosamente" por uma série de motivos: oferta represada de imóveis, cenário macroeconômico favorável, bem como disponibilidade de crédito. "Hoje, vivemos um outro momento. O crescimento não é mais naquele ritmo, mas é sustentável", avalia. Mesmo com economia nem tão favorável e crédito menos abundante, o diretor ressalta que as construtoras continuam fazendo seus lançamentos e vendendo.
O gerente de Vendas da Vectra, Cléber Maurício de Souza, ressalta que o estudo mostra que, apesar do noticiário ruim, o mercado imobiliário segue sólido no País, especialmente em Londrina. "Apesar de tanta notícia ruim, 2014 foi o período de maior crescimento da nossa empresa. Abrimos a venda de 700 unidades de primeira linha", declara.
Ele classifica o mercado local como competitivo e de "preço enxuto". "Na contramão de São Paulo e outras cidades maiores, que tiveram preços abusivos, os nossos são justos. E isso ajuda a manter o mercado aquecido", avalia. De acordo com Souza, em janeiro a Vectra vendeu 30% a mais do que no mesmo mês de 2014. O gerente diz que o termômetro do mercado consiste na relação vendas x inadimplência. E que a inadimplência em Londrina é baixa, até 2%. "Enquanto estivermos vendendo com a inadimplência controlada, vamos manter nosso cronograma de lançamentos", garante.
Para o diretor de Incorporação da A.Yoshii, Silvio Muraguchi, a boa demanda por imóveis em Londrina, revelada pela pesquisa, decorre de uma "oferta compatível com essa demanda, pensada e estudada pelas construtoras". "Esta forma de trabalhar, com lançamentos estudados e que atendam às necessidades dos consumidores, é o que trouxe credibilidade ao mercado", avalia.
Ele acredita que a tendência é de a cidade continuar como referência na área. "As construtoras não lançam empreendimentos por pressão do mercado investidor com acontece em outros centros. Lançam empreendimentos pensando na demanda, em atender às suas necessidades", afirma.
Fonte: Folha de Londrina, 10 de fevereiro de 2015