De férias em uma praia relativamente isolada do Nordeste, tentei pagar um sorvete com dinheiro físico. O sorveteiro não tinha troco, nem R$ 5, nem R$ 10, nem R$ 20. “Só recebo Pix e cartão”, enunciou. “Dinheiro físico hoje em dia é difícil de aparecer”. Não é novidade para ninguém o quanto passamos por uma revolução tecnológica dos meios de pagamento no Brasil nos últimos anos, mas o exemplo do sorveteiro é emblemático da profundidade dessa revolução.

Curioso sobre a dinâmica dos meios de pagamento no dia a dia do sorveteiro, perguntei a ele como era sua rotina de recebimentos e pagamentos. Ele discorreu por alguns minutos sobre o envio de Pix para compra da encomenda dos próximos dias. Uma parte da receita também é enviada por Pix para sua família fazer as compras cotidianas e pagar as contas automaticamente. Enfim, uma cadeia de transações sucessivas e quase automáticas originadas da venda diária de algumas dezenas de sorvetes.

VALOR INVESTE

https://valorinveste.globo.com/blogs/estevao-scripilliti/coluna/pix-evolucoes-financeiras-digitais-e-potenciais-impactos-macroeconomicos.ghtml