O Brasil alcançou um marco expressivo no mercado de trabalho em 2025: foram criados 1.809.590 novos empregos com carteira assinada entre janeiro e outubro, segundo dados oficiais do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O resultado consolida o melhor desempenho para o período em mais de uma década e reforça a trajetória de recuperação do emprego formal no país. Com esse saldo, o estoque total de trabalhadores com carteira assinada chega a 48,99 milhões, recolocando o país em um patamar próximo da marca de dois milhões de empregos criados ao ano, que havia sido perdido nos últimos anos. Desde o início do atual governo, em janeiro de 2023, já foram criados 4,9 milhões de empregos formais, o que representa um ganho estrutural para o mercado de trabalho brasileiro.
O mês de outubro reforçou essa tendência positiva, com a criação de 85.147 vagas, resultado de 2.271.460 admissões e 2.186.313 desligamentos. Mesmo em um período tradicionalmente marcado por ajustes sazonais, o saldo se manteve favorável. O setor de Serviços, que concentra grande parte da economia urbana, liderou a geração de empregos, acumulando 961 mil novas vagas no ano, mais da metade de todo o saldo nacional. Comércio, Indústria, Construção e Agropecuária também fecharam os dez primeiros meses de 2025 com resultados positivos.
O perfil dos trabalhadores que mais se beneficiaram da expansão do emprego formal inclui mulheres, que conquistaram 65.913 novas vagas em outubro, jovens de 18 a 24 anos, com 80.365 contratações, pessoas com ensino médio completo, que somaram 78.633 vagas, e pessoas com deficiência, que registraram 454 novas contratações no mês.
Regionalmente, São Paulo, Distrito Federal e Pernambuco lideram em números absolutos, com 18.456, 15.467 e 10.596 novas vagas, respectivamente. Em termos proporcionais, o destaque foi o Distrito Federal, que registrou crescimento de 1,47% em apenas um mês. O saldo regional foi positivo em todas as regiões, com o Nordeste à frente, criando 33.831 postos de trabalho.
O número de 1,8 milhão de contratações aponta para uma retomada sustentada do emprego formal após anos de fragilidade, evidencia a desconcentração regional do mercado de trabalho, mostra a melhora da qualidade das vagas, já que o emprego com carteira assinada garante direitos trabalhistas e previdenciários, e tem impacto direto na renda e no consumo das famílias, gerando efeitos positivos em toda a economia.
VERMELHO