Diante dos fatos, uma possibilidade para se garantir o funcionamento do sistema seria uma intervenção judicial na Urbs, empresa da Prefeitura que administra o transporte coletivo, na Comec, que cuida do sistema na Região Metropolitana, e até mesmo nas empresas que operam na Capital e na região metropolitana, algo requerido na última sexta-feira pelo advogado do Sindimoc. Na audiência passada, a desembargadora Ana Carolina Zaina já havia alertado para as empresas de ônibus da configuração de estado de falência.
“A Lei de Falência diz que o comerciante ou prestador de serviço que declara não ter dinheiro para pagar determinadas dívidas, como salário dos empregados, é considerado falido. Então a Justiça do Trabalho está preocupada com os trabalhadores e poderá, sim, decretar intervenção por reiteradas violações em direitos trabalhistas”, afirma Assad. 
“O interessante é que os patrões dizem que está ruim, mas eles não param, continuam com ônibus na rua e aí não pagam o empregado, que é obrigado a parar e ser criticado. Talvez elas (empresas) usem essa paralisação para obrigar a Urbs e a Comec a repassar o dinheiro, mas isso não é certo, não é o caminho você fazer milhões de trabalhadores e passageiros sofrerem”, completa.

Fonte: Bem Paraná - 19/02/2015.